Porto – Santiago de Compostela (Dia 1) - O passeio estava marcado para os dia 12,13 e 14 de Setembro de 2007, coincidindo com a minha viagem a Praga, contudo pude marcar presença no primeiro dia e que grande dia foi….
Início à hora marcada na Sé do Porto, todos atletas compareceram a horas e o momento foi devidamente retratado. A saber os nomes dos
participantes: Valente (organizador chefe), Vítor Silva (VitorKorov), Jorge Almeida (Gigantones), Leite, Gouveia, Eu mesmo e dois convidados Luís e Jorge.
Logo à partida as indicações não eram as melhores, o que sabíamos depois de diversas horas de pesquisa na Net e diversos contactos telefónicos efectuados pelo Organizador era que tínhamos de seguir as setas
amarelas. Quais setas ???? de que tipo?? Onde começam ????
Após os atrasos do costume, lá fomos dando com o caminho e de facto as setas estão na estrada para quem as quer ver.
O passeio decorria a bom ritmo em percurso de estrada, até que finalmente entramos no trilho que gostamos para os lados de Gião, deparamo-nos com uma ponte românica.
O Organizador insistia em tomar as rédeas do passeio, dando indicações constantes, média a fazer, pontos de observação, etc, um espectáculo….
Finalmente uma placa digna de registo.
A folia era muito e energia não faltava, até dava para fazer o pino.
O caderno das anotações, com detalhes pormenorizados do itinerário que estava a ser feito, não me foi entregue pelo que não posso fazer um relato fidedigno.
Por diversos locais que passamos (Juntas de Freguesia, Igrejas, Café,…) havia a preocupação em carimbar o passaporte entregue na Sé do Porto, com a finalidade de provar a hora e data de passagem, para que a chegada fosse entregue o tão almejado diploma, comprovativo que os caminhos de Santiago haviam sido efectuados com sucesso.
Antes do almoço, houve tempo para tudo, esconder bicicletas nos campos de milho, partir óculos de sol, roubar uvas, remendar furos sucessivos, etc.
Importa referir a grande preocupação do meu amigo Paulinho Leite em gerir todo o seu farnel, com sucessivas perguntas ao seu personall trainer (Luís), tipo: - posso comer está barra? Está na hora do Gel? Quando é que posso comer está frutinha? ….
Como se pode ver nas fotos cruzamo-nos com diversos peregrinos, que optaram por percorrer os ditos caminhos a pé de mochila às costas e sozinhos, se alguém precisar de meditar não deve haver melhor, mas para nós tinha de haver barulho.
Houve uma paragem para retemperar forças em que alguns dos participantes, conforme retrata a foto, já com saudades de casa, resolveram fazer uns alinhamentos duvidosos, e se assim foi logo pela manhã, imagino nas pensões à noite, onde tiveram de partilhar a cama. Ainda bem que não fiquei para dormir…
A amizade era tanta que os nomes iniciais foram trocados, e passamos a fazer o percurso com o Litos, o Vitinha, o Marito, o Paulinho, o Zé, o Jorge, o Luís e o outro Jorge.
Chegada a Barcelinhos em alta, espírito elevado e grande forma física para almoçar, a sugestão de não sem quem, fomos perguntar aos bombeiros da terra, aonde devíamos ir comer. Pois bem começou a barracada.
Fomos atrás de uma ambulância a uma velocidade louca pela localidade, sem necessidade nenhuma, o que aumentou o cansaço. A indicação do restaurante prometia, mas depois de muita espera pela comida, ainda fomos contemplados com um frango para cada um, não sendo aquilo que pedimos, com clara intenção de nos espetarem a faca.
Depois de um intervalo enorme, procuramos o mecânico local, para consertar, imaginem só a melhor bicicleta que se encontrava em cena, uma Scott, cujo valor justifica dormir com ela na nossa cama.
A paragem foi aproveitada para tirar uma soneca, deitados na calçada.
De tarde veio o melhor, mas também o mais duro, devido a tanto atraso, tivemos de aumentar o ritmo do pedal e foi-lhe dar forte feio.
A chegada a um belo rio, originou que eu e o Vítor nos fossemos refrescar, com belos mergulhos, imagem que originou inveja aos restantes participantes que por não terem um corpo tão esbelto como o meu, tentaram provocar moça, mas como tenho ido às aulas de defesa pessoal, consegui-me libertar de todos, sem grandes mazelas.
Faltava pouco para a chegada a Ponte de Lima, e mais uma vez o azar bateu-nos à porta, o Litos conseguiu partir a corrente e o desviador ao mesmo tempo.
Apesar da presença de dois bons mecânicos, só a corrente deu para consertar, e lá teve o Litos de fazer os restantes Km’s sempre na mesma mudança.
Chegada a Ponte de Lima, tarde e a más horas, mas a recepção não podia ser melhor, com uma noite quente e festas na localidade, devidamente iluminada a rigor.
Segundo o meu conta-Km´s foram 104, com médias de 17 Km/h, e cerca de 6 horas a pedalar.
Ainda estava reservado mais uma surpresa para essa noite, com o empate da Selecção Nacional, e o murro do Scolari, que deu motivo de conversa para mim, o Zé Lopes e o Mendes até ao regresso ao Porto.
O resto do passeio ainda teve muitas histórias, mas infelizmente não posso ser eu a contá-las.
Para o ano quero fazer os caminhos na integra e se possível acompanhado de todos os Sprinters.
Apenas resta-me dizer que o meu grande amigo Vítor, caiu no ultimo dia e magoou-se com uma certa gravidade, o que o vai deixar afastado por algum tempo destes passeios, rápidas melhoras para ele e pensamentos positivos.