domingo, 15 de junho de 2008

Serra da Freita

Tanto se tinha falado na Serra da Freita e nunca lá tinhamos ido, assim os três "Zéquinhas " do costume, eu , o Vitorkorov e o Gigantones lá fomos descobrir a dita serra.
A ideia era seguir um trilho de GPS, num percurso de cerca 50 Km's, mas não foi isso que aconteceu...
O "Capitalista" gigantones ainda a fazer rodagem à sua "Orbea", de 2.700 Euros (fod....), com um GPS emprestado sacou da Net o percurso, mas esqueceu-se de pedir o livro de instruções e deu cagada. Assim que se apercebeu que o GPS também tem botões passou-o ao Vitorkorov já habituado ao referido aparelho, mas nem ele foi capaz de nos fazer seguir o trilho, pelo que nos valeu o seu bom sentido de orientação.
O percurso escolhido inicialmente foi de rara beleza e justificou tudo aquilo que se tem falado sobre a Serra.
Uma descida suave, com um trilho tecnico e belas paisagens para começar, momento aproveitado pelo Gigantones para revelar as qualidades da suspensão total da sua bike.
A seguir a uma grande descida veio uma grande subida e a primeira coça ao suspeito do costume, seis minutos de diferença foi o tempo que demos ao Gigantones (afinal a Bike não é assim tão boa).
Chegados ao cimo da serra junto das ventoinhas e depois foi seguir sempre pelo planalto em sobe desce constante num
trilho muito exigente para a minha bike, com muita pedra solta. Foi muito percurso feito a pé e só os outros dois artistas, melhor equipados e se calhar com melhor técnica, não desmontaram.
Decidimos ir conhecer o ex libris da serra, a famosa " Cascata Ermida".
Uma queda de agua de grandes dimensões a rasgar um monte é de facto uma coisa digna de se ver.
A zona envolvente tem um isolamento característico do século XV, não há rede de telefone, não há um café e só se veem cabras e vacas.
Durante o trajecto o Vitorkorov mais uma vez encontrou-se com o seu pior pesadelo, as cobras, e para evitar passar por cima de uma atirou-se ao chão, somando mais uma queda de qualidade.
Claro que eu lhe disse para não se preocupar, que mesmo que a cobra lhe ferrasse as partes, o Gigantones ia oferecer-se para lhe chupar o veneno...
Novo confronto homem/ animal... Depois de tanto provocar as vacas o gigantones deparou-se com um boi, e meus amigos a coisa estava preta. Não é que o bicho desatou a correr em nossa direcção e era eu que vinha em ultimo, parecia o Amestrong a dar ao pedal.
Os dois melros resolveram descer o monte todo para beber àgua do rio (que já faltava a todos) e demoraram uma eternidade a chegar.
A noite estava a porta e começou a cair um frio do cara..., eu mal agasalhado e sem comidinha no papo só queria regressar, mas os dois artistas tinham nos planos mais uns Km´s.
Lá pedimos água a um rapaz ( coisa que não se nega a ninguém) e indicações para o local de partida que afinal estava mais perto do que eu pensava.
Breve paragem num tasco local em que parecia que ninguém falava a nossa lingua, ficaram boquiabertos com a nossa presença que mais pareciamos ET's.
Em resumo um local a repetir, sendo que, na minha opinião o percurso tem de ser reformulado para que as bikes rigidas possam também andar por lá.
Acho que nunca mais me vou esquecer de um casaco e de umas barras de cereais...

3 comentários:

Anónimo disse...

Mário deve ter sido um dia e peras!!!!! Só pela tua descrição dessa vossa aventura, eu enchi-me de rir. Parece que estou no local a ver o filme, que teima em se repetir sempre com as mesmas personagens.....porque será????
Fico à espera de um passeio organizado com a tua chancela, nesse local enigmático.
Continua, estás FANTASTICO.

Anónimo disse...

O Grande Mário de volta aos seus comentários acutilantes... tava a ver que não! Excelente paisagem, pena eu não ter sido convidado a ir... deve ser dos alforges! mas tavas mal acompanhado, esses dois agora têm a mania que são imbatíveis nos trilhos com as suas bombas! deixa-os pousar :)

Anónimo disse...

Olha os mancos a fazer comentários à crónica de outro manco borrado, mal preparado e mentiroso.
Pois, para começar eu conhecia o caminho porque já era a segunda vez que ali andava.
Segundo pediu indicações para o local de partida porque não queria fazer mais uns quilometros.
Ah, e não cai atirei a bicicleta para o chão porque a cobra se enrolou na roda quando lhe passei por cima.
Os meninos que só pedalam abeira da praia não precisam de andar carregados, por isso não levam casaco, comida, ferramenta, etc. e depois são fod...
Um recadinho para a classe dos mancos: com a chegada do verão começou a vossa temporada ciclistica mas daqui a 4 meses chega ao fim e só os duros continuam.
Abraços para todos e continuem a pedalar quem sabe um dia poderão nos acompanhar nas megas maratonas.
E para quem não conhece a famosa queda de àgua do rio caima chama-se "Frecha da Mizarela" e fica no freguesia de Albergaria da Serra - Arouca.
boas pedaladas